Neste último dia 04 de agosto a cidade de Guaíra foi palco de um importante momento na história da conservação da biodiversidade do rio Paraná. Mais de 100 pessoas, entre servidores de órgãos públicos, pesquisadores, mineradores, ilhéus, pescadores, apicultores, empresários e associações ligadas ao turismo, produtores e trabalhadores rurais estiveram reunidos no anfiteatro da Universidade Paranaense, para eleger as instituições que vão lhes representar no Conselho Consultivo do Parque Nacional de Ilha Grande. Ao todo 37 instituições foram escolhidas para ocupar e compartilhar, entre titulares e suplentes, as 24 vagas criadas para os 11 setores do Parque Nacional.
O setor ligado ao turismo será representado pela Secretaria de Turismo de Mundo Novo-MS, pela Associação dos Operadores de Turismo do Porto Camargo, pelo Clube Altoniense de Pesca e Turismo e pelas empresas Koya Empreendimentos, Turismo Ilha Grande e Recanto Portal de Luz.
Os ilhéus serão representados pela Associação dos Ilhéus Atingidos pelo Parque Nacional de Ilha Grande, os trabalhadores rurais pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Altônia, os pescadores pela Associação dos Pescadores Artesanais de Guaíra e Região e os apicultores pela Associação de Desenvolvimento Comunitário da Estrada Marajó – Comunidade São Francisco.
Os sindicatos rurais de Naviraí e de Altônia e as federações do Mato Grosso do Sul e do Paraná, FAMASUL e FAEP respectivamente serão as instituições representantes dos produtores rurais.
O setor mineração terá como representantes no conselho as empresas Paranazão Materiais de Construção Ltda e Comércio de Areia e Pedra Ilha Grande.
O setor de proteção e gestão elegeu o Coripa, o Conisul, a Polícia Ambiental do Mato Grosso do Sul, o Imasul, o IAP, a Defesa Civil, o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Altônia, a Itaipu, o Emater, o GEBIO e as prefeituras de Guaíra, Eldorado, Naviraí, Alto Paraíso, São Jorge do Patrocínio, Itaquiraí, Mundo Novo, Icaraíma e de Altônia como suas instituições representantes. O GEBIO representa as ONGs ambientalistas e duas universidades representarão o setor de pesquisa: Unipar e Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul.
O Parque Nacional de Ilha Grande, unidade de proteção integral gerenciada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), tem como um de seus objetivos proteger os ecossistemas associados ao rio Paraná e ao longo da trajetória de sua gestão sempre esteve envolto de uma série de conflitos. Segundo o chefe do Parque Nacional de Ilha Grande, Romano Pulzatto Neto, o processo de construção do Conselho teve início em março deste ano e se deu por meio de uma série de reuniões de um Grupo de Trabalho formado por membros da comunidade local ligada ao Parque. “As instituições foram eleitas de forma pacífica, democrática e transparente, pelos seus respectivos setores. De agora em diante terão a responsabilidade de participar dos mais diversos temas referentes à gestão da área protegida” destacou.
As próximas etapas envolvem a formalização do conselho pela publicação de uma portaria no Diário Oficial da União e a posse das pessoas que serão indicadas pelas instituições eleitas. Além do apoio da comunidade do Parque, a construção do conselho e o processo eletivo contou com o apoio do Coripa, do Comafen, da APA Ilhas e Várzeas do Rio Paraná, da Reserva Biológica das Perobas e da Prefeitura Municipal de Guaíra, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Segundo o Comitê Eleitoral responsável pelo processo, todos os procedimentos foram pautados pela Instrução Normativa ICMBio nº 09, de 05 de dezembro de 2014, que disciplina as diretrizes, normas e procedimentos para formação, implementação e modificação na composição de conselhos de unidades de conservação.
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