Apenas entre os meses de janeiro e março, o total de mortes em decorrência de surto de chikungunya no Paraguai chega a 45.
A Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul e Parana, acendeu o sinal de alerta e intensificou as ações de combate à dengue em cidades brasileiras na região de fronteira. A grande preocupação é com a epidemia chikungunya registrado no Paraguai, com mais de 18 mil casos da doença confirmados desde o início de 2023.
Segundo levantamento do Ministério da Saúde paraguaio, o número de casos registrados da doença no país em 2023 já é quase treze vezes maior do que o confirmado em 2022. O presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul (Cosems-MS), José Lourenço Braga, informou que o estado contabiliza 57 casos prováveis de chikungunya.
“Chikungunya já preocupa como situação da dengue, as ações nesse momento é a mobilização do controle mecânico das visitas aos domicílios e conscientização da população pela gravidade da doença. A principal preocupação é a mobilização da população em mutirões de limpeza e todas as ações necessárias, considerando a realidade de cada município”.
Em Ponta Porã, na linha de fronteira entre Brasil e Paraguai, no Mato Grosso do Sul, já foram registrados nove casos da doença, enquanto em todo ano de 2022 foram confirmados 4 casos.
Secretários de saúde de 13 cidades do estado, que estão próximas a municípios paraguaios, estão avaliando medidas para evitar a proliferação da doença. José Lourenço Braga destacou que o Cosems está se movimentando para prestar todo apoio necessário aos municípios de fronteira, considerando a explosão de casos no Paraguai.
Cuidados
Os moradores devem ficar sempre atentos para a prevenção da doença. Veja cuidados para evitar o ciclo de reprodução do mosquito:
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
- Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
- Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.
- Transmissão: picada do Aedes aegypti
- Proliferação: água parada
- Sintomas: febre alta (acima de 38°C); pele e olhos avermelhados; coceira; dores no corpo e articulações (joelhos e pulsos); dor de cabeça
- Duração: até 15 dias
- Complicações: encefalite; Síndrome de Guillain-Barré; complicações neurológicas
- Prevenção: evitar a proliferação do mosquito
- Vacina: não tem
Postar um comentário